Ela deixou o cachorro de estimação ser levado pela água para escapar, as cenas são chocantes e muito triste.
“Eu pensei que ia morrer, mas pedi, pelo amor de Deus, que meus vizinhos não me deixassem morrer ali”. Foi dessa maneira e com os olhos mareados que a dona de casa Ilair Pereira de Souza, 53 anos, resumiu, nesta quinta-feira (13), os momentos de pavor que passou pendurada em uma corda ao ser socorrida por vizinhos na enxurrada da noite desta quarta-feira (12), em São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
“Nunca tinha feito um nó em corda na minha vida. Quando jogaram a corda, me amarrei rapidinho que nem sei como fiz aquele nó. Estava com tanto medo que o nó fosse fraco que me agarrei como nunca na corda”, disse Ilair, que é conhecida na região como Pelinha.
A cena registrada pela Internet mostra o momento em que dona Pelinha solta o cachorro, Beethoven, que ela tentava socorrer junto com ela. “Ele mordeu meu braço para tentar escapar, mas não consegui segurá-lo. Se eu tentasse ajudá-lo, eu iria morrer. Coitadinho, ele ficou me olhando com aquele olhinho triste e se foi naquela água. Não tinha o que fazer”, disse ela, mostrando a marca da mordida no braço esquerdo.
Fumante desde os 9 anos, Pelinha disse que não sabe como encontrou força nos braços e nem como teve fôlego para suportar o momento em que ficou submersa na enxurrada.
“Acho que se não fosse fumante não conseguiria escapar”, afirmou a dona de casa, em tom de brincadeira.
“Acho que se não fosse fumante não conseguiria escapar”, afirmou a dona de casa, em tom de brincadeira.
Desde que se viu livre, em solo firme, Pelinha não conseguiu dormir. “É fechar os olhos e parece que toda aquela cena volta a acontecer comigo. Ainda está muito recente, ainda estou abalada com aquilo tudo. Mas uma coisa nunca vou cansar de fazer que é agradecer aos meus vizinhos por terem jogado aquela corda.”
“Foi um momento muito difícil ver minha irmã naquela situação e ter de escolher entre ajudá-la e morrer, ou se salvar e deixar que ela conseguisse sair com a corda. Felizmente deu tudo certo”, disse o pedreiro Carlos Alberto Pereira de Souza, 46 anos.
“Agora, estou na casa de meu irmão, mas devo me mudar para a casa do pai dos meus filhos e ficar lá até arrumar onde morar. Ainda não sei para onde vou”, disse dona Pelinha. A casa do irmão fica na frente do local onde ela foi salva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente. Vou ler com carinho, prometo!